A Taxa Selic, é a taxa básica de juros da economia.
A cada 45 dias, ela vira notícia em todo o Brasil – seja por ter aumentado, diminuído ou se mantido estável após a reunião do Copom, o Comitê de Política Monetária do Banco Central.
Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira. Basicamente, ela influencia todas as demais taxas de juros do Brasil, como as cobradas em empréstimos, financiamentos e até de retorno em aplicações financeiras.
Selic é a sigla para Sistema Especial de Liquidação e Custódia, um programa virtual em que os títulos do Tesouro Nacional são comprados e vendidos diariamente por instituições financeiras.
Já a Selic está ligada aos juros dos títulos públicos que o governo oferece neste sistema.
É o Copom, o Comitê de Política Monetária do Banco Central. Ele se reúne a cada 45 dias para definir se a Selic aumenta, diminui ou se mantém estável.
A Taxa Selic hoje está em 13,75% ao ano. Ela foi decidida no dia 22 de março de 2023 pelo Copom, que decidiu manter a taxa.
Para explicar a Taxa Selic, é preciso voltar a uma necessidade básica de qualquer governo: ter dinheiro para fazer investimentos e pagar dívidas. Apesar da principal forma de arrecadação ser por meio dos impostos, outra forma de arrecadar dinheiro é com empréstimos – como por meio dos títulos do Tesouro Nacional.
Os títulos do Tesouro são certificados de dívida emitidos e vendidos pelo próprio governo através do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic). Quem compra um título ganha o direito de, em determinada data, receber o valor de volta com o acréscimo de juros.
É importante entender, entretanto, que a maioria dos títulos do tesouro é comprada por grandes instituições financeiras.
Como as instituições financeiras realizam milhões de operações diariamente, é comum chegar no fim do dia com uma quantia maior ou menor do que deveriam ter na conta do BC.
Neste caso, elas são obrigadas a pegar empréstimos com outros bancos para cumprir a lei.
Os efeitos da mudança da Selic são sentidos por todos os brasileiros, bancos e até investidores estrangeiros.
Se a Taxa Selic diminui:
Em março de 2023, o Copom decidiu manter a Taxa Selic em 13,75%.
Considerando que a Selic tem forte influência na taxa de remuneração de diversos investimentos, qualquer mudança na Selic impacta a rentabilidade desses produtos financeiros. São eles:
O Tesouro Selic é um título público cuja rentabilidade está indexada à taxa Selic. Quando a taxa Selic é reduzida, também fica menor a rentabilidade do título – e o mesmo vale para a situação contrária: um aumento na taxa Selic torna os títulos públicos mais vantajosos.
A poupança também sofre os efeitos das mudanças na Selic. Isso porque seu rendimento, por definição, está atrelado à taxa:
Ou seja: com a Selic acima de 8,5% (como agora), a rentabilidade da poupança fica fixa em 6,17% e menor (e muito!), em relação a outros investimentos de renda fixa.
Mudanças na taxa Selic impactam o CDI, um dos índices de rentabilidade mais usados por investimentos de renda fixa. Explicaremos abaixo sobre a relação entre as duas taxas, mas basicamente: quando a Taxa Selic diminui, o CDI também fica mais baixo.
CDBs, LCIs, LCAs, LCs são os investimentos mais comuns que usam o CDI como indicador de rentabilidade. Esses investimentos terão sua remuneração afetada no caso de mudanças na Taxa Selic.
O CDI e taxa Selic andam de mãos dadas. Mas por quê?
Primeiro, é importante dizer, rapidamente, o que é o CDI. CDI é a sigla para Certificado de Depósito Interbancário – o nome dos empréstimos que os bancos fazem entre si para fechar o caixa do dia no positivo.
Por determinação do Banco Central, todo banco deve fechar o dia com mais dinheiro entrando do que saindo dele. Em outras palavras: fechar o dia com saldo positivo. Entretanto, dependendo das operações realizadas pelos clientes dos bancos, nem sempre isso acontece.
Neste caso, os bancos precisam fazer um empréstimo para cobrir a diferença e deixar o caixa do dia positivo. Esse empréstimo é feito, por sua vez, de outras instituições financeiras. Como todo empréstimo, os bancos também pagam juros que, neste caso, são definidos pela Taxa CDI.
O IPCA é o índice que aponta a inflação do país. Ele indica se houve variação nos preços de uma série de categorias de bens e serviços importantes no dia a dia das pessoas, como vestuário, alimentação, transporte, saúde, despesas pessoais, educação e comunicação.
Ele é calculado mensalmente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife, Fortaleza, Belém e Vitória, além de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e Brasília.
Apesar de não ser calculado em todo o país, o índice é de abrangência nacional – ou seja, vale para todas as regiões e cidades do Brasil.
Considerando que a taxa Selic é uma ferramenta de controle da inflação, o IPCA e a taxa Selic estão sempre muito próximos. Afinal, qualquer mudança feita na taxa Selic afetará o resultado do IPCA.
Um exemplo: quando a taxa Selic aumenta e o acesso ao dinheiro (crédito, empréstimos, financiamentos…) fica menor, o consumidor para de fazer maiores gastos. No longo prazo, essa estratégia controla a inflação por gerar menor demanda e, consequentemente, oferta mais barata.
Portanto, aumentar a taxa Selic ou mantê-la estável é uma maneira de conter o aumento do IPCA.
Fonte: Dicionário Financeiro Nubank
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