Batalhão Nazista Azov defendem a Ucrânia

Publicado por Albry Alves em 05/04/2022 às 19:25



O mundo sabe das atrocidades promovida por um dos piores movimento que aconteceu no mundo, o nazismo; este nazismo ainda prospera na Ucrânia com o Batalhão de Azov.

Alguns os chamam de heróis de guerra, outros de neonazistas: o regimento Azov da Ucrânia está no coração da guerra de propaganda entre Kiev e Moscou, enquanto a Rússia alega que busca a “desnazificação” do país vizinho.

O Grupamento de Operações Especiais Azov, anteriormente conhecido como “Batalhão de Azov”, mas que agora é chamado de “Regimento Azov”, é um alvo comum de postagens pró-Rússia nas redes sociais, incluindo publicações das embaixadas russas em Paris, Londres e em outros lugares.

O regimento está atualmente entrincheirado na cidade portuária de Mariupol, no sul da Ucrânia, que tem sido cenário de algumas das batalhas mais violentas do conflito entre russos e ucranianos.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, usou a presença desse grupo para justificar o bombardeio contra uma maternidade em Mariupol, assinalando que o regimento Azov “e outros radicais” estavam usando o hospital como esconderijo.

O regimento, criado em 2014 por ativistas de extrema-direita, foi utilizado pela primeira vez nos combates contra os separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia.

Desde então, o grupo foi incorporado à Guarda Nacional ucraniana, sob comando do Ministério do Interior.

Entre os seus fundadores está Andriy Biletsky, um ex-integrante da organização paramilitar Patriotas da Ucrânia.

Formado majoritariamente por voluntários, os integrantes do batalhão utilizavam no início insígnias como o chamado “Wolfsangel” (gancho do lobo), que remetem aos símbolos que eram usados por unidades da SS da Alemanha nazista.

Em 2014, este batalhão tinha realmente uma base de extrema-direita, foram racistas de extrema-direita que fundaram o batalhão”, assinalou Andreas Umland, pesquisador do Centro de Estocolmo para Estudos do Leste Europeu, na Suécia.

Mas, desde então, se transformou em uma unidade de combate regular e “desideologizada”, acrescentou Umland em entrevista à AFP.

Seus recrutas não estão mais aderindo ao grupo por conta da ideologia, mas porque “tem a reputação de ser uma unidade de combate particularmente valente”, afirmou analista.

O batalhão de Azov, cujo nome se refere ao mar de Azov, no sul da Ucrânia, ganhou reputação após recuperar o controle de Mariupol dos separatistas pró-Rússia em 2014.

Oito anos depois, está novamente lutando pela cidade que o presidente russo Vladimir Putin espera que lhe renderá sua primeira grande vitória em sua ofensiva na Ucrânia.

Derrotar o regimento Azov também poderia ajudá-lo a justificar as alegações de “desnazificação” da propaganda russa, que também classifica o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, que é judeu, como o líder de “uma gangue de viciados em drogas e neonazistas”.

Tais ataques tentam utilizar como base a memória coletiva da Rússia da Segunda Guerra Mundial, que é chamada de Grande Guerra Patriótica pelos russos, e, assim, estimular o apoio nacionalista à invasão, segundo os especialistas.

Os termos ‘nazismo’ e ‘fascismo’ evocam, no contexto russo, o mal absoluto com o qual não se pode negociar”, afirma Sergei Fediunin, cientista político do Instituto Nacional para Línguas e Civilizações Orientais da França.

O regimento Azov, por sua vez, também aderiu à guerra de propaganda, publicando declarações de vitória no serviço de mensagens Telegram, muitas vezes acompanhadas de vídeos de tanques russos em chamas e classificando os russos como “os verdadeiros fascistas”.

O Azov agora funciona como qualquer outro regimento, “mas com uma melhor estratégia de relações públicas”, opina Vyacheslav Likhachev, pesquisador do Centro ZMINA para os Direitos Humanos em Kiev.

A reputação do grupo atrai muitos potenciais recrutas, “então eles podem escolher os melhores”, afirmou Likhachev à AFP.

A unidade, que tem entre dois e três mil combatentes, manteve a insígnia do “gancho do lobo”, mas Umland ressalta que havia pouca confusão na Ucrânia sobre os seus vínculos com o passado. “Ele não tem mais a conotação de ser um símbolo fascista”, afirma.

Além disso, e de maneira geral, os grupos políticos ultranacionalistas têm perdido força na Ucrânia desde 2014, segundo Anna Colin Lebedev, da Universidade Paris Nanterre.

“Uma das razões é que o nacionalismo mais brando se tornou a corrente principal desde o ataque russo”, escreveu a especialista no Twitter.

Os ex-comandantes do batalhão de Azov, incluindo Biletsky, entraram para a política depois de 2014, mas sua plataforma de extrema-direita nunca conseguiu atrair mais de 2% dos eleitores.

Contudo, desde o início que o Azov é polémico, por causa do seu brasão, o “Anjo-Lobo”.

“O Anjo-Lobo tem uma conotação radical de direita, é um símbolo pagão, também usado pelas SS (organização paramilitar da Alemanha nazi)”, explica o especialista Andreas Umland, do Centro de Estudos sobre o Leste Europeu de Estocolmo.

“Ainda assim, na Ucrânia, não é considerado um símbolo fascista”. O regimento Azov pretende que a imagem seja interpretada como um “N” e “I” estilizados, designando “ideia nacional”.

O fundador e primeiro comandante do batalhão foi Andriy Biletsky, de 42 anos, formado em história pela Universidade Nacional de Kharkiv e há vários anos ativo na cena da extrema-direita. Em meados de 2014, com forças modestas, o Azov participou na reconquista de Mariupol das mãos dos separatistas pró-russos.

Fonte :  Jornal 247;

Brasil de Fato;

CNN



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