A cantora Daniela Mercury criticou o modelo de investimento praticado pela prefeitura de Salvador e pelo governo da Bahia no Carnaval, focado em trazer grandes artistas à folia momesca. Durante entrevista coletiva à imprensa no Shopping da Bahia, nesta terça-feira (14), defendeu mais participação popular na formatação da festa.
“O papel do governo e da prefeitura não é de escolher pessoas nem de definir o que é a arte e a cultura de seu lugar, é de favorecer essa arte. Então é um lugar delicado de fomento […] você pode fazer dando incentivo à sociedade para ela mesma se auto gerir e fazer seus caminhos, ou dominar, concentrar e organizar o Carnaval do jeito que está sendo organizado”.
A rainha do axé também questionou os perigos e a durabilidade do formato. “São escolhas que a gente vai ver no futuro, se vão dar resultados como a gente espera. Agora, estão fomentando e segurando grandes artistas em Salvador. Isso é bem vindo. Agora se esse formato vai se mostrar mais eficiente. Não sei como vai ser. É perigoso, precisa ser gerido com muita democracia”.
Daniela ainda sugeriu o modelo de indústria criativa. “Eu acho que deve haver um sério olhar na indústria criativa. A cada milhão investido traz quatro empregos, já na indústria criativa, para o mesmo valor aplicado, são gerados 100 empregos”.
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