Preocupado com a necessidade de assegurar a presença de, pelo menos, 342 deputados na Câmara para votar a denúncia contra o presidente Michel Temer, o governo federal mudou a estratégia política e decidiu deixar para agosto – depois do recesso Legislativo que inicia na terça-feira (18) – a votação do relatório da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no plenário principal da Casa, apurou a GloboNews.
Integrante da “tropa de choque” de Temer, o vice-líder do governo, Darcísio Perondi (PMDB-RS), relatou , nesta quarta-feira (12), líderes governistas foram até a residência oficial do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), para tentar convencê-lo a permitir que a sessão que analisará o parecer da CCJ seja aberta com 257 deputados em plenário.
Segundo os relatos do peemedebista, Maia negou o pedido com a justificativa de que pareceres elaborados pela área jurídica da Câmara e até do Palácio do Planalto indicam que são necessários 342 deputados presentes em plenário para iniciar a votação.
A colunista do G1 Andréia Sadi apurou que Rodrigo Maia entende que uma denúncia contra o presidente da República, precisa ter quórum alto, de, pelo menos, 342 votos, ou dois terços dos 513 deputados da Câmara.
A estratégia do Planalto de tentar enterrar a denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) antes do recesso também ficou comprometida com a tática das bancadas de oposição de liberar que os seus deputados não registrem presença nesta sexta (14) para dificultar ainda mais que o quórum de 342 parlamentares seja alcançado.
Fonte: G1
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