O modelo mais perverso de exploração do mundo, subscreve um colonialismo melhorado, nas sua técnicas de exploração, onde a vida humana é ultima coisa se preservar.
O Neocolonialismo que está ocorrendo no norte de Moçambique, com argumento religioso, só esconde o grande interesse de uma das maiores reserva de gás natural do continente Africano; decapitações de seres humanos, e fuga para viver da população, estão acontecendo neste momento em CABO DELGADO.
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A guerra em Cabo Delgado começou com operações violentas e de pequena escala, no distrito de Mocímboa da Praia, e intensificou-se a partir de 2019, com a chegada de dezenas de combatentes jihadistas estrangeiros e a entrada de armamento mais sofisticado, tendo-se estendido a metade dos distritos, no nordeste. Dos cerca de 2,6 milhões de habitantes da província, 20% são hoje refugiados, exercendo pressão sobre as instituições existentes e sobre a capital, Pemba. A fragilidade e a baixa motivação de combate das forças armadas e da polícia moçambicana permitiram a ocupação de Mocimboa da Praia e ataques coordenados e simultâneos em vários locais.Os Jihadistas desenvolvem uma guerra simultaneamente terrorista, com decapitações de civis, e antigoverno, jogando com ressentimentos da população.
As forças armadas moçambicanas tentam reconquistar o porto de Mocímboa da Praia depois de um grupo de homens armados da “Província Centro-Africana do Estado Islâmico” (Iscap) ter assumido o seu controlo a 12 de agosto. Na província de Cabo Delgado, a violência dos rebeldes causou mais de 1.000 mortes e deixou 250.000 deslocados desde outubro de 2017.
Investigador defende que “guerra” em Cabo Delgado só terá fim quando assinado acordo com a Tanzânia sobre cedência de parte das receitas do gás em Moçambique. E diz que “etnia maconde está a ajudar combate a jihadistas”.
Por outro lado, “o Governo tanzaniano nunca esteve satisfeito com a forma como foram desenvolvidas as decisões por parte das organização de consórcio de gás, localizando as suas fábricas e outros empreendimentos tudo do lado moçambicano e nada no sul do seu país, destacou.
O que significa que é preciso haver “uma melhoria das relações” entre os dois países, considerou Jorge Cardoso, o que, no seu entender “só é possível se o Governo tanzaniano entrar na partilha de alguns dos benefícios do gás”.
Isto, acredita, “interessa ao Governo moçambicano e aos consórcios internacionais, públicos e privados [que vão explorar o gás natural em Moçambique e que estão a realizar na região um dos maiores investimentos em África] fazer algum trabalho neste sentido”.
Por outro lado, Fernando Jorge Cardoso considera também fundamental uma maior participação do Conselho Islâmico de Moçambique na resolução do conflito.
Fonte: Professor e investigador Fernando Jorge Cardoso, do Centro de Estudos Internacionais do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa
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