Principais parceiros comerciais do Brasil, os chineses avaliam possibilidades de expandir o investimento no Brasil em volume e em diversidade de projetos. O Brasil já é o 4º maior destino dos investimentos chineses nas áreas de infraestrutura e energia e a perspectiva de expansão desse fluxo de capital resulta em oportunidades para empresas brasileiras no desenvolvimento de novos projetos.
O momento não poderia ser mais propício”, afirmou o CEO da Siemens no Brasil e diretor do CEBC (Conselho Empresarial Brasil-China), André Clark A política de abertura do mercado brasileiro promovida pelo governo federal e “o aprendizado dos últimos anos de que infraestrutura significa muito mais do que obras” devem ser aproveitados na relação Brasil-China, segundo o executivo.
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A entrada do investimento chinês abre, inclusive, um leque de oportunidades para empresas brasileiras realizarem parcerias com empresas chinesas. Clark explica que “para que esse incrível potencial seja aproveitado ao máximo, com confiança e benefícios mútuos, a troca de ideias e o compartilhamento de know-how se fazem necessários”.
De 2007 a 2018, o país asiático investiu US$ 57,9 bilhões no Brasil em 145 projetos voltados, principalmente, para o setor de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. Em 2019, governo e analistas esperam um aumento de investimentos chineses no Brasil. A Camex (Câmara de Comércio Exterior) estima 1 volume de US$ 785,6 milhões, baseado em dados do 1º trimestre do ano.
Apesar da queda de investimentos em nível global, a China permanece como principal parceira comercial brasileira e uma das economias em maior ritmo de expansão no mundo. “Nós teremos que lidar com uma China que avança em uma velocidade muito elevada, e teremos que nos inserir nesse processo”, disse o ex-embaixador do Brasil em Pequim, Marcos Caramuru, durante a conferência.
Em 2018, de acordo com pesquisa realizada pelo CEBC, os aportes chineses em projetos greenfield, projetos que são desenvolvidos a partir do zero, foram majoritários. Entre as iniciativas, 50% corresponderam aos aportes greenfield, seguidos pelo ingresso de capital através do modelo de fusões e aquisições, que corresponderam a 42% do total. Esses dados mostram o interesse dos chineses em investir não apenas nos setores tradicionais mas também em novos modelos de negócios.
Para o Coordenador de Análise e Pesquisa do CEBC, Túlio Cariello, “o governo (brasileiro) tem dado bons sinais para a China, investidores chineses e, principalmente, governo chinês, de que há interesse em garantir essa parceria e até expandir”. “Os investimentos chineses no Brasil são relativamente diversificados”, explicou Cariello, “a gente tem visto muito interesse chinês na área de logística, infraestrutura e indústria, também”.
Apesar dos sinais ambíguos sobre a relação entre os 2 países emitidos no início do governo Bolsonaro, durante a conferência do CEBC, o vice-presidente Hamilton Mourão garantiu que há interesse brasileiro em expandir as relações entre os país. “As expectativas apontam para um desempenho maior e melhor em matéria de comércio e investimentos, de cooperação em ciência, tecnologia, defesa, educação e muitos outros setores”, afirmou
Fonte : Poder360
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