O Ministério da Saúde Pública de Cuba anunciou nesta 4ª feira (14.nov.2018) que o país não participará mais do Progrma Mais Médico, ação lançada no governo de Dilma Rousseff para aumentar a oferta de médicos no interior do Brasil. O motivo da decisão são as declarações “ameaçadoras e depreciativas” feitas pelo presidente eleito.
Bolsonaro havia questionado a preparação dos profissionais cubanos que integram o programa e disse que condicionaria a permanência dos estrangeiros à revalidação do diploma e à contratação individual dos médicos, à parte do convênio entre os governos brasileiro e cubano.
“As modificações anunciadas impõem condições inaceitáveis e descumprem as garantias acordadas desde o início do programa (…) Estas inadmissíveis condições tornam impossível manter a presença de profissionais cubanos no programa. Diante dessa realidade lamentável, o Ministério da Saúde Pública de Cuba tomou a decisão de não continuar participando do programa Mais Médicos e assim comunicou a diretora da Organização Panamericana de Saúde e aos líderes políticos brasileiros que fundaram e defenderam a iniciativa”, diz o comunicado.
A dispensa da revalidação do diploma pelos médicos estrangeiros foi julgado constitucional STF (Supremo Tribunal Federal) em 2017.
O presidente eleito Jair Bolsonaro se pronunciou no Twitter sobre a decisão de Cuba
Condicionamos à continuidade do programa Mais Médicos a aplicação de teste de capacidade, salário integral aos profissionais cubanos, hoje maior parte destinados à ditadura, e a liberdade para trazerem suas famílias. Infelizmente, Cuba não aceitou.
Anunciado por Jair Bolsonaro como possível ministro da Saúde, o deputado e ortopedista Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS) já tem planos para a medida recém anunciada por Cuba, de retirar em massa seus cerca de 8.500 profissionais em atuação no Brasil:
O Mais Médicos foi lançado em 2013, no governo de Dilma Rousseff, com o objetivo de reduzir o deficit de profissionais de saúde, especialmente no interior do país.
O programa abriga profissionais de vários países, mas Cuba é quem tem o maior número de profissionais. A contratação dos médicos cubanos é feita por meio de 1 convênio com o governo brasileiro. O pagamento é feito pelo Brasil ao governo cubano, que é responsável por pagar os profissionais.
FONTE: PODER 360
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