Os próximos 12 meses carregam a marca da incerteza na política e alguma esperança na economia. com uma análise preditiva do que pode acontecer de relevante no poder e na política brasileira onde as buscas por respostas , vão ser cada vez mais imediatas .
O Brasil vive em democracia desde 1985. Já são 33 anos. O país escolhe 1 novo presidente em 7 de outubro. Será a 8ª eleição direta consecutiva pós-redemocratização. Se ninguém obtiver pelo menos 50% mais 1 dos votos válidos, haverá 2º turno em 28 de outubro com os 2 finalistas mais bem votados.
O cenário hoje está 100% indefinido.
O líder nas pesquisa (Lula/PT) pode ser condenado em 2ª instância pela Justiça. Ficaria inelegível.
O candidato que pretende representar no o campo da centro-direita (Alckmin/PSDB) tem menos de 10% nas pesquisas de intenção de voto. Também enfrenta acusações vindas da Lava Jato.
O 2º colocado isolado (Bolsonaro/PSC) no é 1 militar da reserva. Conservador e nacionalista, tenta passar por 1 processo de aggiornamento sobre economia e mercado. Ainda não demonstra aderência real a demandas modernizantes do país.
Marina Silva/Rede e Ciro Gomes/PDT são eternas promessas. Ambos já disputaram o Planalto duas vezes. Nunca foram ao 2º turno.
Nomes considerados novos (embora não o sejam) permanecem como incógnitas. Joaquim Barbosa, João Doria, Rodrigo Maia e outros ensaiam candidaturas. Nenhum outsider tem hoje robustez para vencer a corrida pelo Planalto.
O presidente Michel Temer terminou 2017 rejeitado 73% do eleitorado. O ministro Henrique Meirelles (Fazenda), seu possível avatar na disputa de 2018,que nada pontua nas pesquisas.
Em suma, 2018 começa assim no cenário nacional:.
O Brasil terá sua 1ª disputa eleitoral na era das fake news. Já há 2,4 bilhões de habitantes no planeta usando smartphones. No Brasil, mais de 80% da população com celulares inteligentes. Esqueça jornais e veículos tradicionais. É assim que as pessoas se informam: olhando para baixo e lendo o WhatsApp e o Facebook nos seus telefones.
O Congresso complicou ainda mais o cenário. Numa espécie de síndrome de Estocolmo, deputados e senadores se apaixonaram por seus algozes. Aprovaram em 2017 lei eleitoral que beneficia os maiores depositários de fofocas e notícias sem checagem. Em 2018, partidos e candidatos só poderão fazer propaganda paga on-line em redes sociais e em sites de busca. Quem domina esse mercado? O Facebook e o Google.
O candidato que se sentir ofendido e quiser comprar 1 espaço para divulgar sua versão de 1 fato terá de dar mais dinheiro para as empresas de Mark Zuckerberg ou de Larry Page.
O presidente da República exerce 1 poder pálido sobre a conjuntura. 2018 não será gerido por Michel Temer. O presidente gostaria que este fosse o melhor ano de sua administração. Mas as campanhas eleitorais é que governarão o país até os dias 7 e 28 de outubro –datas dos 1º e 2º turnos.
O emedebista (sim, o PMDB agora MDB) corre o risco de virar um o pato manco de fim de mandato, como dizem os norte-americanos. Esse é o destino de Temer caso não vingue a mudança no sistema de aposentadorias até abril; o presidente torna-se 1 político relevante no processo eleitoral se aprovar a reforma da Previdência e a economia decolar de forma vigorosa –algo incerto neste momento.
O Brasil tem uma coincidência inescapável em anos eleitorais. A cada 4 anos também há Copa do Mundo de Futebol da Fifa. A sociedade para por 1 mês para assistir aos jogos do esporte mais popular do país. O evento em 2018 será na Rússia, de 14 de junho a 15 de julho. Haverá uma pausa nas campanhas durante esses 30 dias.
A seleção brasileira de futebol da CBF estreia em 17 de junho, contra a equipe da Suíça, na Arena Rostov.
Frequentadores assíduos de Copas do Mundo, os ex-presidentes da CBF José Maria Marin e Ricardo Teixeira, e o presidente afastado, Marco Polo del Nero, não irão à Rússia. Os 3 foram condenados pela justiça americana no escândalo de corrupção chamado “Fifagate”.
A Lava Jato não vai parar. Ao contrário. A sangria pode ter sido estancada numa ponta –com a Polícia Federal controlada, por exemplo. Mas centenas de casos em curso seguem em frente na Justiça.
Os processos agregam mais incerteza ao cenário político. Casos concluídos na 1ª Instância, em Curitiba, sobem para os tribunais. Devem ser expedidas inúmeras sentenças condenatórias contra políticos e empresários.
O Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça decidirão se aceitam dezenas de denúncias já apresentadas pelo Ministério Público. Haverá impacto nas eleições em diversas esferas e Estados.
O STF também deve retomar neste ano o debate sobre a prisão de condenados após decisão da 2ª instância –o que diz respeito diretamente a Lula.
Este pode ser o ano da privatização da Eletrobras. O Planalto quer faturar R$ 12,2 bilhões. Problema: as negociações só devem ser finalizadas no 2º semestre. É difícil fazer operação dessa magnitude enquanto o país escolhe seu novo presidente.
Outra estatal que pretende vender parte do patrimônio em 2018 é a Infraero. O governo quer leiloar 13 aeroportos.
As rodadas de leilões de petróleo e gás (em março e junho) vão atrair estrangeiros para o setor. A estimativa é de arrecadação de R$ 4,6 bilhões nas áreas ofertadas na 4ª rodada de partilha do pré-sal, em 7 de junho.
Fonte :Poder360
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